ela não quis escutar, ele queria dizer
ele tapou os ouvidos, ela tentou escrever
ela tremia em fúria, ele queria entender
ambos buscavam a paz, ambos queriam saber
ela virou a esquina
ele pegou qualquer trem
ambos sofriam afoitos
ambos não viam ninguém
depois do tempo passado
viram um baú trancado
nem ele
nem ela
abririam o cadeado
o adeus fechou a caixa,
e enfeitou com belas fitas
deixando ali guardadas
as palavras nunca ditas
7 de julho de 2010
5 comentários:
Lindo, Lívia, lindo!
Oi Lí. Meu sonho é ter uma filha chamada Lívia. Acho esse nome divino.
gostei do seu poeminha. Da minha lingua tudo se escapa, sabe. Prefiro magoar do que guardar palavras para mim.
Tava sentindo falta de encontrar um blog simples e de conteúdo bom. Acho que me achei aqui.
Beijo.
Oi Lívia
E quantas coisas apodriam ser ditas, que acalmaria o coração de ambos. Uma pena que não disseram.
Bjux
é do jeito que o coração gosta de ler :)
Lindo, como sempre Lívia. :) Adoro seu jeito de escrever em forma de poema, de música. É como se as palavras fossem dançando a cada uma lida. Lindo!
Beijos,
Amanda Menezes
p.s.: vem conhecer meu portfolio de fotografia :) http://www.meumundonafotografia.blogspot.com Espero que goste.
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