Ela estava certa de que o veria novamente, embora não soubesse quando.
Durante um bom tempo, guardou palavras bonitas na garganta e, vez ou outra, proferia frases prontas diante de seu papagaio a fim de simular como seria o tão esperado encontro.
Certo dia, ao caminhar pela avenida, notou que Pedro a reconhecera de longe e gritara seu nome. Ela correu para perto dele, disse um "olá" e segurou bem a garganta para que as palavras não fugissem. Em vão. Seu coração saltou pela boca e atropelou cada letrinha guardada ali.
A moça não disse nada. Não havia o que dizer. Pedro riu. Ana saiu envergonhada e com ódio de si mesma. Respirou fundo e foi andando pela calçada, com cara de boba.
Ainda que nervoso, seu coração voltou para o peito (de onde não deveria ter saído) e as palavras não ditas, após escorregarem pela garganta de Ana, foram, uma a uma, caindo em sua alma para umedecer a esperança de um dia encontrar Pedro outra vez.
3 comentários:
E será que terá uma segunda oportunidade?!
"Ana tiene 15. Niña se te vino un problemón..."
Nice música, baixem.
Meninas que se apaixonam são uma graça! Vira e mexe criam um blog para escrever posts assim...
Postar um comentário